sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO
DELEGAÇÃO NORTE
AÇÃO
DE SENSIBILIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE
SÍNDROME
DE ASPERGER/PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO
Maria João Castro
(Elementos
diretivos da Delegação Norte e pais de jovens com SA)
Local: Agrupamento de Escolas de Marinhas - Esposende
Data: 04 de Dezembro de 2012
Hora: 16, 30 horas
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Vocacional: a via da inclusão ou da exclusão? por Andreia Lobo
Dar uma resposta educativa aos
alunos de 13 anos com maiores dificuldades do ensino regular parece ser o
objetivo da criação da nova modalidade vocacional. Na União Europeia a discussão
sobre a criação de cursos vocacionais faz-se em torno das suas consequências
sociais para os alunos: inclusão ou exclusão?
Cerca de 50% dos alunos dos países
da União Europeia escolhem vias profissionais e profissionalizantes, ou seja,
vocacionais. Mas a percentagem reflete alunos que por dificuldades de
aprendizagem saíram das vias regulares, garantem os especialistas nesta área.
Estes cursos são sinónimo do prestígio e qualidade de ensino atingida lá
fora. Portugal tem figurado nas estatísticas como detendo mais
alunos a frequentar o ensino geral em detrimento do profissional. Mas o cenário
pode vir a mudar.
O início do ano letivo de 2012/2013 foi marcado
pela criação da modalidade de ensino vocacional no 2.º e 3.º ciclos. Segundo
dados do CEDEFOP, organismo europeu que monitoriza a educação e formação de
adultos, na maioria dos países da EU, estas vias de ensino são introduzidas ao
nível do secundário superior (10.º, 11.º, 12.º anos) e, em menor número, no
secundário inferior (7.º, 8.º, 9.º anos).
Por cá, o Decreto-Lei n.º
139/2012, de 5 de julho, estabeleceu os princípios orientadores desta nova
oferta formativa que funcionará este ano letivo enquanto experiência-piloto em
12 escolas pública e privadas do país. Mas o objetivo do Ministério da Educação
e Ciência (MEC) é alargar a oferta a outros agrupamentos a partir de
2013/2014.
Opção ou
punição?
O ensino básico vocacional foi
pensado para os alunos a partir dos 13 anos de idade que, segundo o diploma,
"manifestem constrangimentos com os estudos do ensino regular e procurem uma
alternativa a este tipo de ensino". Em especial, os "alunos que tiveram duas
retenções no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos diferentes". Mas a opção de
fazer do ensino vocacional uma alternativa para os alunos repetentes tem
levantado muitas dúvidas entre os especialistas da educação. A questão é
simples: poderão outros alunos com sucesso escolar também optar por esta
via?
Mesmo para quem tem
"constrangimentos" nos estudos, o encaminhamento não é obrigatório e exige o
acordo dos pais, garante o MEC. Ainda assim, só pode ser feito após "um processo
de avaliação vocacional, por psicólogos escolares, que mostre ser esta a via
mais adequada às necessidades de formação dos alunos", diz o
diploma.
Entretanto, em comunicado na sua
página oficial, o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Telmo Mourinho Baptista,
alertou para a possibilidade de a oferta ser mal recebida: "Caso os cursos sejam
percecionados pelos alunos, pelos pais e pela comunidade como um elemento
punitivo do insucesso escolar, a medida corre o risco de se tornar prejudicial."
E frisou a importância do envolvimento dos psicólogos para garantir que tanto os
pais como os alunos estejam "devidamente informados sobre as várias alternativas
de ensino e respetivas implicações na vida escolar profissional e dos
jovens".
Do lado das escolas, os diretores
reclamaram há semanas junto do ministro Nuno Crato, mais autonomia na decisão
sobre quais os alunos a encaminhar para o ensino vocacional e a deixar seguir o
regular. Em declarações ao Diário Económico, o coordenador do Conselho de
Escolas, Manuel Esperança, pediu "vontade política" para entregar às direções
das escolas a responsabilidade da orientação do aluno e sugeriu a criação de
"critérios nacionais" que impeçam a frequência do ensino regular a alunos que
não tenham aproveitamento às disciplinas de Português e Matemática ao longo de
vários anos letivos.
Currículo geral e prática
simulada
Tanto no 2.º como no 3.º ciclos, o
plano de estudos do ensino básico vocacional é modular e contempla disciplinas
de formação geral (Português, Matemática, Inglês e Educação Física),
complementar (História e Geografia, Ciências Naturais, Físico-Química e uma
segunda língua, não obrigatória, apenas no 3.º ciclo) e vocacional (atividades
vocacionais e prática simulada).
Em termos de carga horária, a
formação geral terá um total anula de 400 horas efetivas, no 2.º ciclo e de 350
no 3.º ciclo. As disciplinas complementares perfazem um total de 130 e 180, em
cada um dos ciclos, respetivamente. Por último, a componente vocacional terá em
ambos os ciclos uma duração de 360 horas dedicadas às atividades vocacionais e
210 horas para a prática simulada, preferencialmente, em empresas.
Das três componentes, a vocacional
será, porventura, a que levantará mais dúvidas aos pais e alunos. É também a que
distingue estes cursos e a que apresenta menos definições legais. Ao definir o
objetivo da criação desta modalidade, o MEC esclarece no decreto-lei que esta
deve levar os jovens a "desenvolver capacidades práticas que facilitem
futuramente a sua integração no mundo do trabalho".
Sem duração fixa estabelecida, o
diploma estabelece que os cursos devem ser adaptados "ao perfil de conhecimentos
do conjunto de alunos" que neles estiver reunido. Caberá às escolas escolher o
tipo de atividades vocacionais destes cursos, "desde que cumpridas as metas e
perfis de saída". Qualquer que sejam as ofertas, o MEC pretende que "se
articulem as necessidades e expectativas [do aluno], com os projetos educativos
da escola e com as características do tecido empresarial".
Retorno ao nível geral de
ensino
Na União Europeia, muita da
discussão em torno do ensino vocacional se faz tendo em conta o grau de
integração que esta via proporciona no nível de ensino geral e a possibilidade
de continuação dos estudos no ensino superior, garante o CEDEFOP, no mais
recente relatório publicado sobre educação e formação vocacional inicial [IVET
-Initial Vocational Education and Training].
Em causa está a possibilidade de o
aluno ser transferido para o ensino geral tendo optado anteriormente por uma via
profissional ou profissionalizante (vocacional). Em Portugal, o recém-criado
ensino básico vocacional assegura o prosseguimento de estudos, mas determina
algumas regras para que um aluno possa regressar à via regular, após a conclusão
do 6.º ano e do 9.º ano.
Assim, os alunos que terminem o
6.º ano no ensino vocacional podem voltar ao regular desde que tenham
aproveitamento nas provas finais nacionais do respetivo ano. Bem mais fácil, é a
continuidade dos estudos na via vocacional. A passagem para o 7.º ano na via
vocacional não requer a realização das provas nacionais, apenas que o aluno
tenha concluído 70% dos módulos lecionados no conjunto das disciplinas da
componente geral e complementar, mas obriga a 100% de sucesso na componente
vocacional.
Já os alunos dos cursos
vocacionais que concluam o 9.º ano podem optar, para além das vias regular e
vocacional, também pelo ensino profissional. De novo, a transferência para o
ensino secundário regular implica aproveitamento nas provas finais nacionais do
9.º ano. Continuar na via vocacional no secundário (ainda sem regulamentação)
será também mais fácil. As regras são iguais às estabelecidas para o acesso ao
7.º ano: não é necessária a realização das provas nacionais, tendo os alunos
apenas de conseguir aproveitamento em 70% dos módulos geral e complementar e a
100% na componente vocacional. Por fim, a transferência para o ensino
profissional secundário implica apenas o aproveitamento a todos os módulos do
curso.
Independentemente do número de
módulos concluídos com aproveitamento, os alunos dos cursos vocacionais podem
sempre candidatar-se às provas finais nacionais.
Integração no mundo
laboral
Ligar a escola às empresas parece
ser uma condição essencial, ainda que não obrigatória, para o cumprimento dos
objetivos propostos pela criação da via vocacional. A ligação tem por finalidade
"sensibilizar os jovens para a realidade empresarial envolvente e possibilitar o
estreitamento entre os universos empresarial e escolar".
No Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5
de julho, o MEC determina que "serão estabelecidas parcerias entre as direções
regionais de educação, os agrupamentos de escolas e as escolas privadas [que
compõem já a experiência-piloto que arrancou este ano] e empresas, entidades ou
instituições sediadas na área geográfica respetiva". Do diploma para as escolas,
a importância da ligação ao mercado de trabalho vai depender da variedade dos
programas profissionalizantes oferecidos aos alunos.
Recentemente, no relatório "Os
jovens e as competências: pôr a educação a trabalhar", a UNESCO alertou para o
risco de exclusão dos alunos que optam pelo ensino vocacional. Agregar em turmas
vocacionais os alunos com insucesso escolar aumenta a desigualdade social,
garante a organização. Sobretudo pelo facto de muitos destes cursos não
agradarem aos empresários.
No relatório, a UNESCO condena
ainda a diminuição do investimento em educação na sequência da crise financeira
mundial que desde 2008 dita reduções orçamentais a vários níveis no setor
público. Por outro lado, o documento relembra que face à atual situação
económica, geradora de níveis de desemprego nunca antes registados, sobretudo
entre os jovens, aumenta a necessidade de adequar as aprendizagens escolares ao
mundo do trabalho.
Por cá, só o futuro dirá qual o
impacto do ensino vocacional na economia portuguesa. Quanto aos resultados da
experiência-piloto que decorre em 12 escolas do país, o MEC constituiu no final
de outubro um grupo de trabalho para avaliar todos os cursos. Os resultados
serão conhecidos já no final deste ano letivo.
Fonte:
Educare
Publicada por
A Nossa Sala em
21:24
O nosso magusto na APPACDM
Na sexta-feira, dia 9 de novembro, comemos castanhas assadas com os nossos colegas da APPACDM e com os meninos do jardim de infância de Igreja - Marinhas. Antes, ainda fomos buscar alguns dos nossos amigos que estavam no centro de educação ambiental. De seguida, fomos para o espaço da APPACDM , onde já estavam todos à nossa espera com as castanhas assadas. Também tinhamos à nossa espera a nossa amiga Patrícia. Gostamos muito de ir até lá comer castanhas, somos muito bem recebidos!
Marinhas, 13 de novembro de 2012
Hélio Caseiro Marques
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
A escola enfeita-se para festejar o Halloween
A noite de 31 de outubro é
muito especial - é o Halloween - que designa "Noite dos Santos", a noite antes
de "Todos os Santos" ou do "Dia de Todos os Santos".
Esta celebração começou na era pré-cristã. As pessoas acreditavam que no Halloween as almas dos mortos voltavam aos lugares onde tinha vivido. Esta é a história tradicional. Mas, hoje em dia, na Grã-Bretanha, o Halloween não é uma celebração assustadora, é altura para divertimento. Há muitas festas. As pessoas mascaram-se de bruxas, fantasmas, Drácula ou Frankenstein. Na América há uma tradição diferente, chama-se "Trick or Treat" (doce ou partida). As crianças e adolescentes mascaram-se e vão bater à porta dos amigos e vizinhos e dizem "Trick or Treat". Estes dão-lhes doces ou fruta ("treat"). Se isso não acontecer, as crianças pregam uma partida ("trick"). Muitas casas têm à porta da rua, lanternas feitas de abóboras . A abóbora é esvaziada e são feitos buracos para os olhos, nariz e boca, depois é acesa uma vela lá dentro.
Em Portugal celebra-se o Dia
de Todos-os-Santos, no dia 1 de Novembro. No dia 1 de novembro, as pessoas vão
aos cemitérios colocar flores nas campas e rezar pelos seus entes queridos. Esta
é uma velha tradição católica.
(in http://www.minerva.uevora.pt/netdays99/celebrar/products/halloweenp.htm) |
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
UNESCO alerta que educação deve promover igualdade de oportunidades
Obrigar os alunos de baixo desempenho a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar a desigualdade social, alerta a UNESCO num relatório em que dá conta de 71 milhões de adolescentes não escolarizados no mundo.
Num documento, a divulgar hoje, a agência das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura diz também que está na altura
de "prestar especial atenção não só aos 120 milhões que não alcançam o 4.º ano,
mas também aos 130 milhões que assistem às aulas mas são incapazes de adquirir
conhecimentos básicos", entre os 650 milhões de crianças do mundo em idade de
frequentar a escola primária.
O relatório "2012 - Educação para Todos" é hoje
apresentado em Portugal no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.
No que diz respeito ao ensino secundário, o
documento refere que este se deveria centrar nas competências básicas e promover
a igualdade de oportunidades a todos os jovens para que possam adquirir
capacidades transversais, assim como competências técnicas e profissionais que
lhes permitam encontrar um bom trabalho e prosseguir os estudos.
Um plano de estudos comum na primeira fase do
ensino secundário "ajuda a oferecer a todos os jovens as mesmas possibilidades
de consolidar as suas competências", lê-se no texto.
"Obrigar os alunos de baixo desempenho a seguir
o ensino técnico e profissional pode consolidar a desigualdade social e levar os
empregadores a desvalorizarem esses programas", segundo o relatório.
Quando a opção for por esta via, recomenda-se a
vinculação da escolarização a programas em meio laboral, através de períodos de
práticas e aprendizagens de ofícios, o que pode ajudar os jovens a adquirir
competências práticas de resolução de problemas.
O estudo confirma também que quanto mais
elevado é o escalão socioeconómico a que pertencem os alunos, melhores são os
resultados escolares.
Os autores do relatório frisam que a urgência
de alcançar o objetivo da educação para todos, através da igualdade de
oportunidades, se agudizou desde 2000.
"A crise económica mundial está a refletir-se
no desempenho", avisam os peritos, segundo os quais um em cada oito jovens está
hoje à procura de emprego.
Não satisfazer as necessidades dos jovens, em
termos educativos, é "uma perda de potencial humano e de poder económico. As
competências dos jovens nunca foram tão vitais".
No relatório diz-se ainda que os docentes são o
recurso mais importante para melhorar o ensino.
Publicada por
A Nossa Sala
Considerações sobre os currículos específicos individuais no ensino secundário
As consequências do alargamento da
escolaridade obrigatória para os alunos com necessidades educativas especiais
(NEE) tardou a ser equacionado pelos decisores políticos. Nas audições
parlamentares que a Comissão de Educação Ciência e Cultura da Assembleia da
República efetuou, este atraso foi repetidamente identificado como uma
necessidade a que era preciso dar uma resposta atempada e afirmativa. A exclusão
dos alunos que experimentam dificuldades no cumprimento das metas curriculares
do ensino básico nunca poderia ser uma solução: não poderíamos minguar a
Educação a quem mais dela precisa. O princípio de partida é que os alunos com
NEE têm tanto ou mais necessidade de frequentar os 12 anos de escolaridade do
que todos os seus colegas que não têm NEE. (Seria como cuidar de uma planta com
uma terapêutica de ausência total de água).
Ora, uma esmagadora percentagem
dos alunos com NEE frequentam em Portugal a escola regular. Esta política de
todos os alunos - com e sem NEE - serem educados na escola regular estabelecendo
relações pessoais, de aprendizagem e de entreajuda, é uma orientação
internacional (referência ao artigo 24º da Convenção sobre os Direitos da Pessoa
com Deficiência das Nações Unidas) que se tem procurado seguir no nosso país,
ainda que com resultados desiguais.
Se os alunos com NEE têm direito e
proveito em frequentar doze anos de escolaridade e cumpriram nove na escola
regular, pareceria estranho que os últimos três anos fossem passados fora da
escola regular. Pareceria e parece, sobretudo quando se lê a portaria 275 – A /
2012 publicada a 11 de setembro pelo Ministério da Educação e Ciência. Nesta
portaria postula-se que os alunos que são portadores de um Currículo Específico
Individual, nos 3 anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória, passam
a ter um currículo de 25 horas semanais das quais só 5 horas são da
responsabilidade dos docentes de Educação Especial das escolas regulares. Nestas
cinco horas são lecionados conteúdos de Português, Matemática, 2ª Língua e
Tecnologias da Informação e Comunicação. As restantes 20 horas são ministradas
por técnicos e monitores dos Centros de Recursos para a Inclusão que asseguram
as áreas de Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral, Desporto e Saúde,
Organização do Mundo Laboral e Cidadania.
Este deslocamento do eixo
educativo da escola regular para os Centros de Recursos para a Inclusão
levantam-nos três ordens de questões:
1.Se a escola regular assegurou a
educação de jovens com NEE durante pelo menos nove anos, porque é que ela deixa
de estar capacitada para continuar a exercer a competência e o conhecimento que
entretanto acumulou sobre estes casos?
2.Quando se retiram às escola
áreas como “Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral”, “Desporto e Saúde” ou
“Cidadania” isso será por se considerar que os alunos com NEE aprendem melhor
estas áreas se estiverem com colegas com condições de deficiência, num meio
segregado e mais restritivo que a escola regular?
3.Deixar à escola regular só os
conteúdos de “Português” e “Matemática” - ainda por cima tão encolhidos de carga
horária - passa uma mensagem clara: afinal as áreas estruturantes da última
reforma curricular só são importantes para os alunos sem NEE! Com esta carga
horária deixam de ter relevância “estruturante”. Outro aspeto ainda a considerar
é que se passa a mensagem que a escola é para aprender conteúdos académicos
(Português e Matemática) e que o Desenvolvimento, a Cidadania, o Desporto e
Saúde (!) são áreas secundárias em termos educativos.
Precisamos de pensar do ponto de
vista da educação o alargamento da escolaridade para os alunos com NEE. Isto não
pode significar a desvalorização da inclusão: pelo contrário, é através da
inclusão e da interação entre todos, que todos melhor se irão preparar para a
vida pós escolar.
David Rodrigues
Presidente da Pró-Inclusão: ANDEE
Editorial da newsletter da 2ª quinzena de setembro da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial
Presidente da Pró-Inclusão: ANDEE
Editorial da newsletter da 2ª quinzena de setembro da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial
Perguntas sobre os currículos específicos individuais e os planos individuais de transição no ensino secundário
A Direção-Geral
da Educação (DGE) disponibilizou a resposta a algumas questões mais
frequentes sobre a aplicação da Portaria n.º 275-A/2012 no Ensino Secundário. É
de lamentar, uma vez mais, que os normativos não sejam suficientemente objetivos
e claros, havendo sempre necessidade de recorrer a esclarecimentos. Por vezes, os
próprios esclarecimentos contrariam o articulado do
normativo.
1. A Portaria n.º 275-A/2012 dirige-se
unicamente aos alunos que frequentam o ensino secundário?
- Sim.
Com a publicação da Lei n.º 85/2009 de 27 de
agosto, que estabelece o alargamento da escolaridade para 12 anos, a maioria dos
alunos com Currículo Específico Individual (CEI) passa a desenvolver o Plano
Individual de Transição (PIT) no ensino secundário. No sentido de orientar as
escolas na construção dos CEI e PIT, esta portaria define uma matriz curricular
a implementar através de uma ação coordenada entre as escolas secundárias e
instituições parceiras.
2. Todas as instituições parceiras são
elegíveis para efeito de financiamento?
- Não.
Ainda que as escolas possam estabelecer
parcerias com instituições e empresas da comunidade, para efeitos de
financiamento ao abrigo da presente Portaria apenas se podem candidatar as
instituições abrangidas pela Portaria n.º 1102/97, de 3 de novembro.
3. Os alunos terão obrigatoriamente de
frequentar atividades fora da escola?
- Não.
A ação coordenada das escolas e das
instituições de educação especial pretende reunir sinergias de diferentes
parceiros. Neste sentido, as instituições de educação especial, com todo o
capital humano que têm vindo a acumular ao nível da conceção de currículos
individuais orientados para o desenvolvimento de competências sociais e
laborais, podem constituir um valioso recurso a colocar ao serviço das escolas
de ensino regular.
O facto de ser atribuída a responsabilidade
pela implementação de determinadas componentes do currículo às instituições de
educação especial não significa que as atividades sejam desenvolvidas no espaço
físico das instituições. As atividades são, preferencialmente e numa perspetiva
funcional, desenvolvidas na escola e na comunidade. Existe ainda a possibilidade
de reequacionar as responsabilidades pelas componentes do currículo, em função
do interesse do aluno e das possibilidades das escolas e das instituições
envolvidas.
4. Esta matriz curricular é obrigatória para
todos os alunos com CEI que frequentam o ensino secundário?
- Sim.
No entanto, atendendo a que os alunos com CEI
constituem um grupo heterogéneo, pelo que o desenho dos currículos deve ser
ajustado às necessidades individuais de cada um, a matriz curricular é dotada de
flexibilidade ao nível da definição dos conteúdos curriculares que integram cada
componente do currículo. A matriz define ainda tempos mínimos para cada
componente curricular, cabendo à escola a decisão quanto a um eventual
complemento curricular.
Existe também flexibilidade ao nível da
definição dos parceiros responsáveis pelo desenvolvimento das componentes do
currículo. A escola pode, sempre que disponha dos recursos adequados, assegurar
o planeamento, o desenvolvimento e a avaliação das componentes curriculares
referentes ao Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral e à Organização do Mundo
Laboral, ao Desporto e Saúde e à Cidadania*.
5. Com a publicação da Portaria n.º
275-A/2012 a escola passa a ser responsável apenas pelas componentes
curriculares Comunicação e Matemática?
- Não.
Ainda que o desenvolvimento de determinadas
componentes curriculares possa ser assegurado pelas instituições de educação
especial, é à escola do ensino regular que compete a responsabilidade pela
educação e ensino dos alunos abrangidos pela Portaria n.º 275-A/2012, tal como
de todos os outros alunos.
6. Os alunos abrangidos pela Portaria n.º
275-A/2012 são obrigados ao mesmo regime de assiduidade e de pontualidade que os
restantes alunos?
- Sim.
O Estatuto do Aluno e Ética Escolar,
estabelecido na Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro, aplica-se também a estes
alunos.
7. Os alunos abrangidos pela Portaria n.º
275-A/2012 estão sujeitos ao mesmo regime de avaliação dos restantes
alunos?
- Não.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 3/2008, todos
os alunos com CEI estão sujeitos aos critérios específicos de avaliação
definidos no respetivo PEI.
* No texto
original, a designação das componentes do currículo estão incorretas pelo que
procedi à sua atualização.
In: Blogue Incluso
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
E quando o médico diz: “O seu filho nasceu com uma deficiência”
E quando a
resposta é: "Poderá haver um problema" ou " O seu filho nasceu com uma
deficiência"! Naquele momento, naquele minuto fatal, desmorona-se tudo!
A partir do momento em que se confirma uma gravidez desejada, o casal, e
até mesmo a família alargada, vive momentos de verdadeira felicidade.
Tudo é pensado em nome da criança vindoura. A mãe cumpre religiosamente
as consultas de acompanhamento, o pai delicia-se com o crescimento da
barriga e juntos deliram com os primeiros "pontapeares". As compras
focam-se na decoração do quarto do bebé, nas roupas mais confortáveis,
na aquisição das "cadeirinhas" mais adequadas...
A mãe e o pai idealizam o rosto da criança, com uma esperança, quase
secreta, que ela venha a herdar geneticamente o melhor de cada um.
Durante nove meses, a família é, assim, imbuída de emoções positivas e
anseia o momento do nascimento!
Quando a criança nasce, o pai comemora com os amigos, a mãe recebe
telefonemas das amigas, enfim... vive-se o melhor momento da vida de
qualquer ser humano!
Todavia, nem sempre este cenário é assim! Quando o pediatra chega, com
um ar quase ensimesmado, os olhos pequenos e um franzir na testa... O
medo instala-se e os pais perguntam, quase desesperadamente:
- O meu bebé está bem? Nasceu perfeitinho?
E quando a resposta é: "Poderá haver um problema" ou "O seu filho nasceu
com uma deficiência" Naquele momento, naquele minuto fatal,
desmorona-se tudo!
A criança sonhada, a criança idealizada, dá lugar a uma criança não
desejada, isto porque nenhum ser humano deseja ter uma criança com
deficiência!
E no meio deste sequestro emocional, a mãe tem alta, vem para casa com "outro" bebé e sem qualquer tipo de apoio psicológico!
Os pais percorrem, assim, um longo período de sofrimento, passando por várias etapas, muitas vezes, sozinhos.
São estes pais que chegam à minha "Escola de Pais Especiais". Pais
revoltados, amargurados, sem vida própria, que esqueceram de viver, pois
tudo passou a centrar-se nos cuidados do novo ser.
A estes pais eu gostaria de dizer que ter uma criança com deficiência
não é prenúncio de uma vida futura infeliz. A deficiência não é uma
fatalidade! É, antes, um reaprender a amar de forma diferente, mais
intensa, mais verdadeira e única! E lembrem-se, quanto mais depressa
superarem o ciclo de sofrimento, mais depressa apreciarão os encantos
que só estas crianças são capazes de oferecer!
Chegam-me ainda outros pais especiais, como o caso da mãe Rosalina, que
me disse: "Eu tenho três filhos com necessidades educativas especiais,
mas tenho a certeza que não existe um família tão feliz como a nossa"!
É esta raridade de emoções positivas, é este amar superiormente, é este
viver apaixonadamente com um filho especial, que precisa ser
"contagiado" àqueles que se deparam, neste momento, com a impotência de
ser pais com um filho com deficiência.
Urge, por isso, um agitar de consciência social e política, no que
concerne ao apoio emocional destes pais tão especiais e à intervenção
precoce do seu filho.
Urge fazer perceber a estes pais e ao mundo em geral que se a Natureza
ditou estas crianças é porque necessita delas! Afinal... elas são seres
excecionais!
Urge a desmistificação da deficiência.
Urge acreditar no que estas crianças nos acrescentam diariamente, tornando-nos, a todos nós, também pessoas especiais!
A estas crianças o meu eterno Obrigada, e a todos os pais especiais,
Um sorriso especial!
Fonte: Educare
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Final de Ano Letivo....
Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
A subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E tu aprendes que amar não significa apoiares-te,
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
E presentes não são promessas.
E começas a aceitar as
tuas derrotas
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo tu aprendes
Que o sol queima se ficares exposto por muito tempo.E aprendes que não importa o quanto tu te importes,
Algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
Ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
E apenas segundos para destruí-la,
E que tu podes fazer coisas num instante,
Das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades
Continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
Mas quem tu tens na vida.
E que bons amigos são a família
Que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas
Com quem tu mais te importas na vida
São-te tomadas muito depressa,
Por isso sempre devemos deixar
As pessoas que amamos com palavras amorosas,
Pode ser a última vez que as vemos.Aprendes que as circunstâncias e os ambientes
Têm influência sobre nós,
Mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
Mas com o melhor que podes ser.Descobres que levas muito tempo
Para te tornares na pessoa que queres ser,
E que o tempo é curto.
Aprendes que não importa aonde já chegaste,
Mas para onde estás a ir.
Mas se tu não sabes para onde estás a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significaSer fraco ou não ter personalidade,
Pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
Existem sempre dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes
A pessoa que tu esperas que te chute quando tu cais
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver
Com os tipos de experiência que tiveste
E o que tu aprendeste com elas
Do que com quantos aniversários já celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva
Tens o direito de estar com raiva,Mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo
Que possa voltar para trás,Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
Ao invés de esperares que alguém te traga... flores.E tu aprendes que realmente podes suportar...
Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
E que tu tens valor diante da vida!
As nossas dúvidas são traidoras
E fazem-nos perder
O bem que poderíamos conquistar,
Se não fosse o medo de o tentar..."
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo tu aprendes
Que o sol queima se ficares exposto por muito tempo.E aprendes que não importa o quanto tu te importes,
Algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
Ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
E apenas segundos para destruí-la,
E que tu podes fazer coisas num instante,
Das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades
Continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
Mas quem tu tens na vida.
E que bons amigos são a família
Que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas
Com quem tu mais te importas na vida
São-te tomadas muito depressa,
Por isso sempre devemos deixar
As pessoas que amamos com palavras amorosas,
Pode ser a última vez que as vemos.Aprendes que as circunstâncias e os ambientes
Têm influência sobre nós,
Mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
Mas com o melhor que podes ser.Descobres que levas muito tempo
Para te tornares na pessoa que queres ser,
E que o tempo é curto.
Aprendes que não importa aonde já chegaste,
Mas para onde estás a ir.
Mas se tu não sabes para onde estás a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significaSer fraco ou não ter personalidade,
Pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
Existem sempre dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes
A pessoa que tu esperas que te chute quando tu cais
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver
Com os tipos de experiência que tiveste
E o que tu aprendeste com elas
Do que com quantos aniversários já celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva
Tens o direito de estar com raiva,Mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo
Que possa voltar para trás,Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
Ao invés de esperares que alguém te traga... flores.E tu aprendes que realmente podes suportar...
Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
E que tu tens valor diante da vida!
As nossas dúvidas são traidoras
E fazem-nos perder
O bem que poderíamos conquistar,
Se não fosse o medo de o tentar..."
W. Shakespeare
terça-feira, 12 de junho de 2012
A Feira das Ervas Aromáticas
O ano letivo está mesmo a terminar... mas antes ainda há tempo, para "vendermos" o produto do trabalho da nossa horta. E temos de tudo: menta, hortelã, coentros, salva, caril... uma mistura de sabores e odores para tornar os alimentos mais saborosos e apetitosos.
A nossa pintora!
O quadro já está concluído! Mais uma conquista... Está lindo, Bruna! Parabéns pela tua sensibilidade e fantasia... O mundo sem cor e magia é um lugar muito mais cinzento e triste.
O nosso quadro já concluido
Eu e o meu amigo João Bruno já concluimos a nossa pintura. Gosto muito de pintar... quando estou a pintar sinto-me bem.
Hélio Marques
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Dia da Criança
O Menino Azul
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao menino azul que não sabe ler.)
Cecília Meireles
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